Neste mês de agosto quero render minhas mais sinceras
homenagens a estes homens e mulheres que dedicam suas vidas a lutar pela
realização dos direitos de seus semelhantes: os advogados.
No exercício da atividade de magistrado há vinte anos
conheci e convivo diariamente com advogados que buscam diariamente, de modo
transparente, profissional e com muita dignidade, alcançar aos indivíduos, seus
clientes ou assistidos, os direitos proclamados pela Constituição e pelas Leis
da República.
Os advogados acolhem as pessoas em situação de dor, de
desespero, de desesperança, de desilusão, pessoas agredidas, fragilizadas,
desrespeitadas. Ouvem, estudam suas situações jurídicas, seus casos e procuram,
por meio do direito, devolver-lhes ou alcançar-lhes o que lhes foi usurpado, a
paz, a esperança, a dignidade.
Pelas mãos de valorosos advogados testemunhei crianças
serem salvas de situações de violência, o meio ambiente ser preservado, idosos
recuperarem a possibilidade de viver em condições mínimas de humanidade,
trabalhadores receberem seus direitos, consumidores alcançarem um produto ou
serviço que lhe fora prometido, filhos reaverem o direito de conviver com seus
pais e de se alimentarem dignamente.
Também pelo labor de bons advogados presenciei seres
humanos em situação de vulnerabilidade ter sua moradia respeitada, obter direito
à educação pública para seus filhos, conseguir realizar uma cirurgia, obter um
medicamento ou um tratamento para a garantia de sua vida e saúde.
Presenciei, igualmente, pelo ofício de nobres advogados,
vítimas de crimes obterem a reparação dos danos sofridos, inocentes livrarem-se
de uma prisão injusta e, de outro lado, também por seu trabalho, presenciei a
busca e a consecução da punição de criminosos.
Exatamente por estes e por outros tantos fatos que poderia
relatar em infindáveis linhas, posso afirmar com toda a certeza e serenidade que
os advogados são essenciais não apenas à administração da justiça, como apregoa
a Lei Maior, mas são imprescindíveis à dignidade humana.
Merecedores, deste modo, de toda a reverência e homenagem,
o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, por meio da Direção do Foro da
Comarca de Pelotas, está organizando uma série de atividades com o objetivo de
destacar e reconhecer a relevância deste profissional que defende nossos
direitos, nossa honra, nossa dignidade, nossa vida.
Peço licença para encerrar com palavras de Ruy Barbosa,
patrono dos advogados: “Advogado, afeito a
não ver na minha banca o balcão do mercenário, considero-me obrigado a honrar a
minha profissão como um órgão subsidiário da justiça, como um instrumento
espontâneo das grandes reivindicações do direito, quando os atentados contra ele
ferirem diretamente, através do indivíduo, os interesses gerais da coletividade."
A estes advogados, meu respeito, admiração e
gratidão.
Marcelo Malizia Cabral, Juiz
de Direito Diretor do Foro de Comarca de Pelotas, RS – maliziacabral@gmail.com
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