Alunos do 10º
semestre do curso de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel),
puderam acompanhar uma conversa sobre o trabalho desenvolvido pelo Centro
Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) junto a comunidade
pelotense.
O encontro
ocorreu no prédio do Santa Margarida, na tarde dessa terça-feira (13), e contou
com a participação do Mediador, Instrutor e Supervisor de Mediação Judicial no
NUPEMEC - TJ/RS e CNJ, Henrique Alam de Mello Souza e Silva, e da Mediadora,
Instrutora e Supervisora de Mediação Judicial no NUPEMEC - TJ/RS e CNJ, Vanessa
Souza da Silva, além de contar com a contribuição da Mediadora, Atendente e
Auxiliar Administrativa da UCPel, Silvana Moreira Barela.
(esq.) Silvana, Henrique e Vanessa foram os ministrantes da conversa. |
O primeiro a
fazer uso da palavra foi o Coordenador Interino do Serviço de Assistência
Judiciária (SAJ), Profº Matheus Kuskoski, que comentou sobre o objetivo de
realização desse encontro, onde buscou-se mostrar aos acadêmicos uma outra
faceta do direito, onde o diálogo precisa ser figura primordial e onde o desejo
é aproximar as partes para uma conciliação, sem que seja necessário entrar no
âmbito judicial.
O Profº Matheus Kuskoski abriu a conversa com os alunos. |
Vanessa Souza
da Silva, Mediadora, explanou sobre conceitos de mediação e conciliação,
esclarecendo que a mediação tem o papel de conduzir a conversa entre os
participantes, enquanto a conciliação já possui interferências do profissional
mediador. “Quando as partes chegam, na própria fala muitas vezes já está a
solução. O conflito do papel nem sempre é o real motivo”, comentou.
Henrique Alam
de Mello Souza e Silva exemplificou a situação, relatando um caso em que
participou. Um pai queria que o filho pagasse uma conta telefônica no valor de
R$3.000,00, que esse recusava-se a pagar. Então o pai explicou que o telefone
usado pelo filho havia sido dado como presente, para que esse ligasse pelo
menos em datas comemorativas, o que não aconteceu em nenhum momento, então o
pai negava realizar o pagamento dessa conta. Nesse caso, é visto que o conflito
estava no presente no fato de o filho não ter lhe dado atenção, o que causou a
mágoa no pai, por isso aquele buscava uma resolução.
Outro assunto
abordado pelos ministrantes, foi a atuação de profissionais mediadores em outros
lugares do mundo, como por exemplo nos Estados Unidos, onde um profissional da
área chega a receber em torno de U$500,00 por hora. Henrique Alam de Mello
Souza e Silva ainda comentou que a lei da mediação apesar de “engessar” um
pouco a atuação, também abriu espaço para que a área se expanda, visto que a
formação acadêmica não é o mais importante, desde que o profissional tenha
feito o curso de formação para mediadores, este que está sendo ofertado, por
exemplo, como curso de extensão pela UCPel, tendo início no próximo mês de
julho.
Alunos puderam tirar suas dúvidas com os mediadores. |
Alunos do 10º semestre de Direito tiveram a oportunidade de conhecer a mediação de conflitos. |
Vanessa
Souza da Silva ainda falou sobre a mediação ter caráter confidencial e, que em
casos de violência, doméstica ou não, a mediação deixa de ser possível, pois
para esse caso existem leis que atuam, necessitando da intervenção do Poder
Judiciário.
Os
mediadores, por fim, ainda ressaltaram a importância do convênio existente
entre a UCPel e o Foro de Pelotas, permitindo por exemplo que, no caso de
alunos que atuem na Assistência Judiciária, possam acompanhar seus clientes em
sessões de mediação. Essa situação só é possível pois a Universidade Católica
de Pelotas é uma das únicas instituições de ensino superior do Brasil que
possuem um posto do CEJUSC dentro de sua estrutura.
Redação: Adriana Rabassa (Estagiária de Jornalismo)
Redação: Adriana Rabassa (Estagiária de Jornalismo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário