quinta-feira, 22 de agosto de 2019

EXPOSIÇÃO ITINERANTE "AGORA OU NA HORA DE NOSSA MORTE" CHEGA A PELOTAS

Foto: Jefferson Perleberg

A Comarca de Pelotas, recebe desde o dia 19/8, a exposição Agora ou na hora de nossa morte. A mostra, que retrata a dor dos feminicídios, foi lançada em 2017, em Porto Alegre, e agora é itinerante. Vencedora do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2018, na categoria Inovação, a exposição foi organizada pela Corregedoria-Geral da Justiça, em parceria com o Memorial do Judiciário e a Unidade de Imprensa do TJRS.

A exposição está instalada no saguão do 4º andar do Foro de Pelotas, onde permanecerá por 90 dias. Na cerimônia de abertura, a Juíza Michele Soares Wouters, titular do Juizado da Violência Doméstica de Pelotas, fez um breve relato sobre a história da farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que empresta o seu nome à lei que, desde 2006, confere maior rigidez e punição adequada aos crimes relacionados à violência de gênero contra a mulher.

A magistrada ressaltou ainda que as vítimas de feminicídio relatadas nos casos da exposição não puderam criar seus filhos ou tiveram negada a chance de constituir família ou realizar quaisquer sonhos. E sustentou a necessidade do fortalecimento das redes de enfrentamento à violência doméstica, bem como a necessidade de desenvolver empatia com as causas relativas à violência de gênero.
Cerimônia de inauguração da mostra aconteceu na última
segunda-feira (19) | Foto: Jefferson Perleberg

Exposição

A exposição Agora ou na hora de nossa morte apresenta sutiãs pretos que simbolizam mulheres brutalmente mortas por seus maridos e companheiros. Em painéis, os relatos das histórias das vítimas e suas famílias, e dos crimes cometidos. A motivação vai desde ciúmes à recusa em cozinhar. Em áudio, são contados relatos de mulheres que sobreviveram às agressões.

Sutiãs simbolizam mulheres que perderam
 a vida por violência doméstica. | Foto: Jefferson Perleberg
 
A mostra traz também dados estatísticos sobre a Violência Doméstica no Estado, bem como as frases e situações mais comuns vividas pelas vítimas.

Texto: Assessoria de comunicação Tribunal

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