quarta-feira, 14 de junho de 2017

MEDIADORES JUDICIAIS CONVERSAM COM ALUNOS DO CURSO DE DIREITO DA UCPEL

Alunos do 10º semestre do curso de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), puderam acompanhar uma conversa sobre o trabalho desenvolvido pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) junto a comunidade pelotense.
O encontro ocorreu no prédio do Santa Margarida, na tarde dessa terça-feira (13), e contou com a participação do Mediador, Instrutor e Supervisor de Mediação Judicial no NUPEMEC - TJ/RS e CNJ, Henrique Alam de Mello Souza e Silva, e da Mediadora, Instrutora e Supervisora de Mediação Judicial no NUPEMEC - TJ/RS e CNJ, Vanessa Souza da Silva, além de contar com a contribuição da Mediadora, Atendente e Auxiliar Administrativa da UCPel, Silvana Moreira Barela.

(esq.) Silvana, Henrique e Vanessa foram os ministrantes da conversa.

O primeiro a fazer uso da palavra foi o Coordenador Interino do Serviço de Assistência Judiciária (SAJ), Profº Matheus Kuskoski, que comentou sobre o objetivo de realização desse encontro, onde buscou-se mostrar aos acadêmicos uma outra faceta do direito, onde o diálogo precisa ser figura primordial e onde o desejo é aproximar as partes para uma conciliação, sem que seja necessário entrar no âmbito judicial.

O Profº Matheus Kuskoski abriu a conversa com os alunos.

Vanessa Souza da Silva, Mediadora, explanou sobre conceitos de mediação e conciliação, esclarecendo que a mediação tem o papel de conduzir a conversa entre os participantes, enquanto a conciliação já possui interferências do profissional mediador. “Quando as partes chegam, na própria fala muitas vezes já está a solução. O conflito do papel nem sempre é o real motivo”, comentou.
Henrique Alam de Mello Souza e Silva exemplificou a situação, relatando um caso em que participou. Um pai queria que o filho pagasse uma conta telefônica no valor de R$3.000,00, que esse recusava-se a pagar. Então o pai explicou que o telefone usado pelo filho havia sido dado como presente, para que esse ligasse pelo menos em datas comemorativas, o que não aconteceu em nenhum momento, então o pai negava realizar o pagamento dessa conta. Nesse caso, é visto que o conflito estava no presente no fato de o filho não ter lhe dado atenção, o que causou a mágoa no pai, por isso aquele buscava uma resolução.
Outro assunto abordado pelos ministrantes, foi a atuação de profissionais mediadores em outros lugares do mundo, como por exemplo nos Estados Unidos, onde um profissional da área chega a receber em torno de U$500,00 por hora. Henrique Alam de Mello Souza e Silva ainda comentou que a lei da mediação apesar de “engessar” um pouco a atuação, também abriu espaço para que a área se expanda, visto que a formação acadêmica não é o mais importante, desde que o profissional tenha feito o curso de formação para mediadores, este que está sendo ofertado, por exemplo, como curso de extensão pela UCPel, tendo início no próximo mês de julho.
Alunos puderam tirar suas dúvidas com os mediadores.

Alunos do 10º semestre de Direito tiveram a oportunidade
de conhecer a mediação de conflitos.

            Vanessa Souza da Silva ainda falou sobre a mediação ter caráter confidencial e, que em casos de violência, doméstica ou não, a mediação deixa de ser possível, pois para esse caso existem leis que atuam, necessitando da intervenção do Poder Judiciário.

            Os mediadores, por fim, ainda ressaltaram a importância do convênio existente entre a UCPel e o Foro de Pelotas, permitindo por exemplo que, no caso de alunos que atuem na Assistência Judiciária, possam acompanhar seus clientes em sessões de mediação. Essa situação só é possível pois a Universidade Católica de Pelotas é uma das únicas instituições de ensino superior do Brasil que possuem um posto do CEJUSC dentro de sua estrutura.

Redação: Adriana Rabassa (Estagiária de Jornalismo)

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