O encontro teve a presença de diversas autoridades e representantes de APACs do RS. | Foto: Assessoria |
O desejo de
implementar um modelo prisional alternativo no Rio Grande do Sul teve
início em 2012, quando membros do Ministério Público visitaram uma
unidade da APAC, Associação de Proteção e Assistência aos
Condenados, em Itaúna - Minas Gerais. Desde lá, diversos encontros,
fóruns de debate e seminários mobilizaram o poder público para a
efetivação das APACs. Atualmente, já são nove municípios gaúchos
que possuem a associação. Na tarde de ontem, mais um encontro
discutiu o método e possibilitou a visita da primeira instituição
com sede em funcionamento do estado, a APAC Partenon, em Porto
Alegre.
O município
de Pelotas também possui, desde 2014, a associação com foco na
recuperação de apenados. Um grupo de "apaquianos" –
como são conhecidos os apoiadores voluntários adeptos ao novo
modelo prisional – participaram da terceira edição do encontro no
RS e representaram o município de Pelotas no evento. Na programação, painéis variados debateram assuntos como o método APAC no Programa
RS Seguro, as dificuldades e êxitos na tarefa de reconstrução do
ser humano preso e a participação da comunidade voluntária que
atua na associação.
Diretor do Foro da Comarca de Pelotas, Dr. Marcelo Malizia Cabral. | Foto: Assessoria |
Outro
painel, "Judiciário Gaúcho e o apoio ao método APAC no RS",
contou com a presença do diretor do foro da comarca pelotense e juiz
da VEC Regional de Pelotas, Dr. Marcelo Malizia Cabral. O juiz de
direito destacou que vê nas APAC's uma oportunidade "para que o
ser humano, em cumprimento de pena, possa readquirir sua dignidade
perdida, através do trabalho, que é ferramenta excepcional de
transformação e recuperação, base do funcionamento de uma APAC",
apontou o diretor. Dr. Marcelo ainda reafirmou apoio do Poder
Judiciário à causa da APAC no município de Pelotas.
Durante a
estadia em Porto Alegre, a comitiva pelotense ainda pôde visitar a
já instalada APAC Partenon. No local o grupo conheceu as instalações
e encontrou com recuperandos (nomenclatura utilizada para apenados em
reabilitação na APAC), voluntários e funcionários da instituição.
Além de acompanharem as atividades laborais ali realizadas em um
intercâmbio que promoveu o conhecimento detalhado da metodologia.
Comitiva de Pelotas na sede APAC Partenon. | Foto: Assessoria |
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