segunda-feira, 15 de julho de 2019

DIRETOR DO FORO PARTICIPA DE BANCA DE TCC SOBRE PROJETO DE REDUÇÃO DE PENA DE DETENTOS PELA LEITURA DE LIVROS


A pesquisa da estudante Letícia Duarte, é também trabalho de conclusão de curso de Bacharelado em Terapia Ocupacional;

Na tarde da última quarta-feira (10), no Auditório da Faculdade de Medicina da UFPel, foi apresentado o trabalho de conclusão de curso intitulado "Audiolivro na remição de pena pela leitura: Um estudo com as apenadas do Presídio Regional de Pelotas". A pesquisadora realizou no Presídio Regional de Pelotas (PRP) a produção de um audiolivro com 13 encarceradas, que participaram do trabalho e se beneficiarem com a diminuição da pena. 
Integrantes da banca e pesquisadora. | Foto: Arquivo Pessoal
A banca foi composta pelo diretor do foro de Pelotas, Dr. Marcelo Malizia Cabral, pelo Professor Me. Elcio Alteris dos Santos, Prof.ª Dr.ª Andrea do Amparo Carotta de Angelli, Prof. Dr. Júlio Caetano Costa (Orientador). O magistrado destacou que a pesquisa faz parte de uma luta também dele, para tornar o presídio um espaço mais humano, "criar um ambiente mais digno dentro dos presídios é uma construção minha de anos, fico muito satisfeito por essa oportunidade de participar de uma banca como esta, que se propõe a promover a transformação".

Sobre a pesquisa:

É direito do presidiário assegurado pela Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984, Lei de Execução Penal, à remição da pena em troca de atividade executada por ele, seja trabalho ou estudo. A leitura tem sido instituída para a remição do tempo da pena e fez parte da proposta da pesquisa, sendo ela a produção de um audiolivro feito pelas próprios detentas do PRP.

O projeto-piloto contou com a parceria da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Presídio Regional de Pelotas e Vara de Execução Criminal (VEC) e prevê ser executado até o mês de junho de 2020, quando será finalizada a produção do total de audiolivros que vão auxiliar analfabetos, pessoas com deficiência visual, física, intelectual, auditiva, com múltiplas deficiências e autistas.

A leitura no espaço carcerário oportuniza a retirada das apenadas da ociosidade diária de 365 dias por ano, um trabalho realizado pela Terapia Ocupacional que ocupa o ambiente carcerário, procurando apresentar reflexões que contribuem para a promoção da prática de leitura das mulheres.

Texto: Jefferson Perleberg

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