Vestindo
pilcha e usando linguagem e cenários gaúchos, servidores,
estagiários, voluntários, magistrado, promotores de justiça,
defensores públicos, advogados e partes da Comarca de Pelotas
prestarão homenagem à Semana Farroupilha com a realização de uma
Audiência Crioula.
A
atividade vai acontecer dia 17 de setembro, às 20 horas, no Largo do
Mercado Público, em Pelotas.
A
Semana Farroupilha de Pelotas terá como Patrono o Juiz de Direito
Diretor do Foro da Comarca de Pelotas, Marcelo Malizia Cabral. Na
audiência crioula o Magistrado irá julgar processo de usucapião em
que cidadãos buscam a regularização do título de propriedade do
imóvel em que residem. A expectativa é de que as manifestações
dos interessados e as sentenças sejam redigidas em versos gaúchos.
De
acordo com o magistrado Marcelo Malizia Cabral, que coordena as
atividades e presidirá a audiência crioula, o objetivo da ação é
aproximar do Poder Judiciário da comunidade e prestar homenagem à
cultura gaúcha.
“Com
esses eventos também podemos mostrar à comunidade como se realiza
uma audiência e como se dá o julgamento de um processo, destacando
o caráter público dos atos realizados pelo Poder Judiciário”,
comentou o juiz.
Audiências pelo RS - Outros municípios como Cristal e Viamão também vão realizar audiências crioulas. No dia 16 de setembro, a audiência será presidida pela Juíza Carine Labres, a partir das 14h, em Viamão. Já em Cristal, o juíz Felipe Selistre, da Comarca de Camaquã, vai conduzir a audiência no Parque Bento Gonçalves, Fazenda do Cristal, a partir das 18h.
Audiências pelo RS - Outros municípios como Cristal e Viamão também vão realizar audiências crioulas. No dia 16 de setembro, a audiência será presidida pela Juíza Carine Labres, a partir das 14h, em Viamão. Já em Cristal, o juíz Felipe Selistre, da Comarca de Camaquã, vai conduzir a audiência no Parque Bento Gonçalves, Fazenda do Cristal, a partir das 18h.
A realização de audiências crioulas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul já constitui tradição de mais de uma década e nesse período diversos magistrados já presidiram audiências em cenários típicos gaúchos nos Municípios de Amaral Ferrador, Caiçara, Camaquã, Capão do Leão, Carazinho, Cerrito, Encruzilhada do Sul, Frederico Westphalen, Gaurama, Ijuí, Iraí, Muçum, Pelotas, Santana do Livramento, Taquaraçu do Sul, Torres, Viadutos, Vicente Dutra.
ARTIGO
- JUSTIÇA DE PILCHA
Chega
mais um mês de setembro e o Rio Grande se veste com as cores de sua
bandeira e faz toda a questão de demonstrar seu amor e respeito às
boas e seculares tradições.
Os
gaúchos se trajam a rigor, com bombachas, botas e lenço no pescoço,
enquanto as prendas se enfeitam todas faceiras e exibem seus vestidos
rodados.
Orgulhamo-nos
de nosso chimarrão, de nossas vestes, de nossos campos, de nossa
história de perseverança na busca daquilo em que acreditamos e de
nosso espírito de irresignação frente às injustiças.
Nos
Centros de Tradições Gaúchas, o Rio Grande se encontra, se
reencontra e não se cansa de entoar seu hino e reverenciar seus bons
costumes.
Exatamente
em adesão a este espírito de congraçamento e na busca de
demonstrar que o gauchismo pode ser cultivado em qualquer ambiente, o
Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, ao menos há uma década, tem
se pilchado no mês de setembro, realizando seus julgamentos onde o
povo se reúne e cultua suas tradições.
Ao
sabor de um mate bem amargo, com lenço no pescoço, dentro de um
galpão, de um CTG ou mesmo em praça pública e valendo-se de
expressões e versos típicos do Rio Grande, juízes, servidores,
advogados, defensores públicos, promotores de justiça e
colaboradores do sistema de justiça exercitam seu labor e
homenageiam a cultura gaúcha.
São
as audiências crioulas, audiências gaudérias, ou audiências
gaúchas, que a cada ano tomam mais fôlego Rio Grande afora,
permitindo que o Poder Judiciário e os lidadores do direito mostrem
à comunidade como se busca a realização de um direito, como
acontece uma audiência e como se julga um processo de modo
especialmente público, oportunizando um contato mais próximo,
aberto, direto e franco desta instituição pública com a sociedade
a que serve.
Deste
modo, fica o desejo de que a cada ano o Poder Judiciário ande mais
perto das pessoas e mostre a toda a comunidade, com orgulho e
respeito à cultura de seu povo, como se realizam seus atos, como se
ouve uma testemunha, como se julga um caso e, melhor ainda, que assim
proceda homenageando os bons costumes deste valoroso Rio Grande; que
julgue e concretize a justiça em um CTG, galpão, praça ou onde
estejam reunidos os gaúchos; que a beleza dos versos das petições,
dos pareceres e das sentenças suavizem o amargo do chimarrão e que
seja à moda gaúcha: que a justiça se realize de pilcha.
Denise
Dias Freire, José Luiz Leal Vieira, Marcelo Malizia Cabral, Marilde
Angélica Webber Goldschmidt, Marlene Marlei de Souza e Osmar de
Aguiar Pacheco, Juízes de Direito no Estado do Rio Grande do Sul.
Confira
algumas fotos das Audiências Crioulas anteriormente realizadas:
Audiência Crioula em Amaral Ferrador, RS - 20.9.2009 |
Audiência Crioula em Encruzilhada do Sul, RS - 19.9.2009 |
Audiência Crioula em Pelotas União Gaúcha João Simões Lopes Neto - 16.9.2013 |
Audiência Crioula no CTG - Camaquã - RS - 17.9.2014 |
Audiência Crioula no CTG Os Farrapos Pelotas - RS - 15.9.2016 |
Audiência Crioula Pinheiro Machado - RS - 14.9.2018
|
Audiência Crioula em Pelotas - 17.9.2018 |
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