Foto: Jefferson Perleberg |
A
Comarca de Pelotas, recebe desde o dia 19/8, a exposição Agora ou
na hora de nossa morte. A mostra, que retrata a dor dos feminicídios,
foi lançada em 2017, em Porto Alegre, e agora é itinerante.
Vencedora do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2018, na
categoria Inovação, a exposição foi organizada pela
Corregedoria-Geral da Justiça, em parceria com o Memorial do
Judiciário e a Unidade de Imprensa do TJRS.
A
exposição está instalada no saguão do 4º andar do Foro de
Pelotas, onde permanecerá por 90 dias. Na cerimônia de abertura, a
Juíza Michele Soares Wouters, titular do Juizado da Violência
Doméstica de Pelotas, fez um breve relato sobre a história da
farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que empresta o seu nome
à lei que, desde 2006, confere maior rigidez e punição adequada
aos crimes relacionados à violência de gênero contra a mulher.
A
magistrada ressaltou ainda que as vítimas de feminicídio relatadas
nos casos da exposição não puderam criar seus filhos ou tiveram
negada a chance de constituir família ou realizar quaisquer sonhos.
E sustentou a necessidade do fortalecimento das redes de
enfrentamento à violência doméstica, bem como a necessidade de
desenvolver empatia com as causas relativas à violência de gênero.
Cerimônia de inauguração da mostra aconteceu na última segunda-feira (19) | Foto: Jefferson Perleberg |
Exposição
A
exposição Agora ou na hora de nossa morte apresenta sutiãs pretos
que simbolizam mulheres brutalmente mortas por seus maridos e
companheiros. Em painéis, os relatos das histórias das vítimas e
suas famílias, e dos crimes cometidos. A motivação vai desde
ciúmes à recusa em cozinhar. Em áudio, são contados relatos de
mulheres que sobreviveram às agressões.
Sutiãs simbolizam mulheres que perderam a vida por violência doméstica. | Foto: Jefferson Perleberg |
A
mostra traz também dados estatísticos sobre a Violência Doméstica
no Estado, bem como as frases e situações mais comuns vividas pelas
vítimas.
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