terça-feira, 13 de junho de 2017

PROJETO “EDUCAÇÃO PARA A PAZ” REALIZA PRIMEIRA VISITA DO ANO EM ESCOLA PÚBLICA DE PELOTAS

Foi na tarde dessa segunda-feira (12) a primeira visita do projeto “Educação para a paz”, no ano de 2017. A visita aconteceu na Escola Municipal Dom Francisco Barreto, localizada no bairro Laranjal, e contou com a presença do Juiz de Direito e Diretor do Foro de Pelotas, Dr. Marcelo Malizia Cabral, além da Vice Diretora da escola, a Profª Nailê Pinto Iunes, e as representantes do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), Sras. Marília Gonçalves, Ana Paula Henrique e Marilaine Furmann.
O tema escolhido, para ser abordado nesse primeiro encontro de 2017, foi a mediação de conflitos dentro do ambiente escolar e, como é possível solucionar casos de agressividade e falta de respeito mantendo um diálogo aberto entre alunos, professores e gestores das escolas. Esse tema está dentro do foco da campanha, que já atingiu cerca de 9 mil alunos do município, e que visa promover a cultura da paz e a conscientização da comunidade para a importância do diálogo como maneira de promoção do entendimento, pacificação social e facilitação do acesso da população à justiça e a resolução de conflitos por meio da conciliação e mediação.

Dr. Marcelo Malizia Cabral fez a abertura das atividades da visita.

O primeiro a iniciar as falas, foi o Dr. Marcelo Malizia Cabral, que comentou da necessidade de exercermos a empatia dentro da escola, nos colocando no lugar do colega e buscando não fazer aos outros o que não desejamos para nós mesmos. Falou ainda que o Poder Judiciário busca construir um mundo onde as pessoas não se agridam e tentem manter o diálogo para entender as necessidades alheias, e assim diminuir os casos de autuações de jovens, por motivos banais como brigas e agressões no ambiente escolar.
Posteriormente, as representantes do CEJUSC deram início às atividades, através da exibição de um vídeo, que fala sobre podermos ser e sonhar com o que quisermos. Ana Paula Henrique, mediadora do CEJUSC, explicou que para que isso ocorra é necessário nos dedicarmos aos estudos e sempre respeitarmos os colegas, para que assim seja possível crescer em um ambiente saudável e que colabore com o nosso desenvolvimento.

A mediadora Ana Paula falou da necessidade de estudar para
poder entender e viver em sociedade.

A mediadora Marilaine deu dicas para manter o diálogo em sala de aula.

Após, a mediadora Marilaine Furmann comentou sobre a atuação do CEJUSC para evitar que novos processos ingressem no judiciário, sem que exista um motivo suficientemente sério para isso, visto que muitas vezes são situações em que o diálogo resolveria. Falou em ações que podem ser aplicadas para resolver problemas dentro da escola, como “objetos da palavra” ou “rodas de conversa”, e que essas ações são bastante eficazes quando aplicadas pelas pessoas certas, acostumadas a apaziguar situações.
Para exemplificar a atuação do CEJUSC, foi encenado com a ajuda de alguns alunos, uma situação de audiência de mediação, contando com as duas partes reclamantes, seus advogados e a mediadora, que nesse caso foi a própria Marilaine. O caso encenado se tratava de uma agressão com perda material, onde um menino acertou a colega de escola com uma bola e isso causou a quebra de seus óculos. A colega reclamante solicitava a compra de óculos novos, que por serem muito caros não seriam custeados por ela. O menino que havia causado a quebra, sugeriu dar como manutenção do problema uma armação para óculos do mesmo modelo que a colega possuía, além de pedir desculpas pela situação. A colega aceitou as duas formas de retratação e o problema deu-se por solucionado, quando a mediadora Marilaine explicou que o objetivo do CEJUSC era exatamente esse, conseguir que uma porção maior de casos de mediação terminem em uma acordo como esse.

Foi realizada uma encenação com os alunos para explicar como
funciona uma audiência de mediação do CEJUSC.

Por fim, a Vice Direta da escola, Sra. Nailê Pinto Iunes, agradeceu a presença das representantes do projeto e deu por encerrada a atividade, que culminou com os alunos fazendo desenhos de seu entendimento das explanações do projeto.

Redação: Adriana Rabassa (Estagiária de Jornalismo)

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