Na tarde dessa quinta-feira (16), o Juiz da Vara Regional de Execuções Criminais de Pelotas, Marcelo Malizia Cabral, reuniu-se com o presidente da APAC Pelotas, Leandro Thurow, com o diretor de patrimônio da associação, Luiz Humberto Dávila e com o representante nacional da APAC Rinaldo Claudio Guimarães.
A reunião ocorreu nas dependências do Centro de Formação do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre, quando foram ajustados os últimos detalhes para o início das atividades da APAC Pelotas.
Segundo o representante nacional da APAC, Rinaldo Guimarães, Pelotas já está em condições de receber e iniciar a implantação de um centro de reintegração social da APAC. O presidente da associação aqui em Pelotas, Leandro Thurow, esclareceu que as últimas melhorias necessárias para o início das atividades já estão em fase de conclusão e que prevê o começo dos trabalhos da APAC Pelotas ainda para o primeiro semestre desse ano de 2020.
O Juiz da Vara de Execuções Criminais de Pelotas, Dr. Marcelo Malizia Cabral, comemorou o encontro dizendo que o Poder Judiciário já está prestando todo apoio e que continuará fornecendo o que for necessário para o funcionamento da APAC.
Para o Juiz Malizia, o funcionamento da APAC em Pelotas representa uma nova era na execução de penas privativas de liberdade. Segundo o Juiz, o método da APAC proporcionará que até 200 apenados cumpram suas penas em um ambiente mais humanizado, através da disciplina, da educação, do trabalho e da profissionalização.
O Magistrado ainda disse ter plena convicção de que os apenados que passarem a cumprir a pena nas dependências da APAC, terão grande oportunidade de sair do cumprimento da pena reintegrados plenamente na sociedade.
“Em breve teremos um Centro de Reintegração Social da APAC em Pelotas, gerando trabalho e renda para até 200 pessoas em cumprimento de pena de prisão. Uma unidade autossuficiente, onde os próprios reeducandos estudam, trabalham, fazem a limpeza, produzem sua alimentação e ainda aprendem um ofício e garantem renda pelo trabalho! Fundada na disciplina, no estudo, no trabalho, na espiritualidade e no amor, tenho certeza de que a APAC produzirá um novo cenário na execução das penas e na segurança pública de Pelotas”, concluiu o Magistrado.
O que é uma APAC?
Ainda em fase experimental em todo o Brasil, o método APAC prevê que condenados a penas privativas de liberdade são recuperados e reintegrados ao convívio social de forma humanizada e com autodisciplina. Os próprios presos são corresponsáveis pela sua recuperação, contam com assistência, mas também são envolvidos em diversas atividades como artesanato, panificação e marcenaria, além de ocupações culturais e de lazer. É um método comprovado que reduz a 10% a reincidência ao crime de quem volta à sociedade após o término da reclusão, diferentemente do modelo tradicional, que atinge a marca de 70%. Os ganhos são visíveis durante o processo, por reduzir custos e proporcionar formas de trabalho ao envolver os próprios recuperandos na realização das tarefas para a manutenção das unidades. Não há agentes penitenciários.
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